O cenário mundial econômico e político têm enfrentado cada vez mais barreiras que ocasionaram a escassez de insumos, principalmente em razão da inflação e crise logística que têm alcançado os portos marítimos no globo.
Com a nova onda de COVID-19 e o lockdown nacional decretado pela China em 2022, o mercado internacional têm sofrido drásticas quedas de produção, e, consequentemente, declínio nos números de importação por outros países. Considerando que a China lidera a exportação mundial, essa decisão afeta os demais países ao redor do mundo. Ou seja, se um continente atrasa, todos os outros sofrem as consequências.
As medidas restritivas adotadas pelo continente asiático impactam diretamente no setor portuário estadunidense. Na condição de 2º maior exportador do mundo, os EUA assumem a responsabilidade de seguir com as demandas atrasadas, mas o excesso de mercadorias acumuladas e o aumento do custo do frete marítimo impedem a fluidez de navegação nos portos americanos.
Vale lembrar que a potência estadunidense é um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Com a obstrução, os EUA têm acumulado filas de contêineres nos principais portos estadunidenses, o que implica no congestionamento do transporte marítimo, afetando também o fluxo do comércio de importação brasileiro.
Para exemplificar, só no ano de 2021 mais de 80 mil contêineres estavam empilhados no porto de Savannah, Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos. Não bastasse isso, falta infraestrutura e mão-de-obra em alguns terminais portuários dos EUA para atender às demandas, algumas plataformas não são adaptadas para os contêineres e há imensa dificuldade na reposição de mercadorias.
Os portos americanos mais afetados com o alto volume de cargas e a falta de funcionários estão localizados nas cidades de Nova Iorque, Charleston, Savannah, Port Everglades, Houston, Seattle, Los Angeles, Long Beach e Norfolk.
Na Costa Oeste americana, por exemplo, alguns navios esperam até 42 dias para atracar, dependendo da região. Os navios com destino a Long Beach enfrentam de 38 a 42 dias de espera.
A guerra entre Rússia e Ucrânia também impactou diretamente a crise logística, principalmente pela tensão política entre EUA e Rússia, o que resultou no aumento dos preços dos barris de petróleo, burocratizando ainda mais o processo de importação e exportação.
Segundo cotação de câmbio realizada, o preço do barril de petróleo no mês de maio varia entre R$ 550,00 a R$ 565,00, sofrendo alterações constantes em razão da instabilidade do dólar americano.
Esses percalços demonstram a intensidade da situação e o impacto causado em todas as operações importadoras em razão da crise econômica e política que tem assolado o mundo inteiro.
Aqui na Komport estamos atualizados e atentos ao cenário logístico mundial, sempre prezando pela qualidade das informações para os nossos clientes.
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