O estado de Santa Catarina é um facilitador de operações relacionadas ao comércio exterior, não somente pelas vantagens fiscais oferecidas, mas também pela robusta infraestrutura de portos e aeroportos, os quais são referência em território nacional. Com localização privilegiada, Santa Catarina se encontra próximo aos principais centros econômicos regionais, nacional e internacionalmente: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Buenos Aires, Montevidéu e Assunção.
Em função destes motivos, realizar uma importação através deste estado, permite muitas vezes, maior agilidade, aceleramento do desembaraço aduaneiro e redução de custos de operação.
Estrutura Portuária
Contando com seis portos comerciais, dois deles privados (Itapoá, Navegantes) e quatro portos organizados, isto é, portos cujo tráfego e operações portuárias estão sob jurisdição de autoridade portuária, (Itajaí, Imbituba, Laguna e São Francisco do Sul), Santa Catarina está classificada com quatro de seus portos entre os dez melhores do Brasil.
Equipados para operar com variados perfis de carga (carga geral, refrigerada, perigosa, dentre outras), juntos, os portos catarinenses somam mais de 18% dos contêineres recebidos em importações brasileiras. A seguir, apresentamos em detalhes a estrutura de cada porto.
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Seu acesso rodoviário acontece pela BR 101 através da SC 416, tornando as condições de deslocamento ao Porto uma das melhores do Brasil, já que não existem interferências do perímetro urbano da cidade e o seu trajeto é praticamente exclusivo.
Os aspectos naturais do Terminal também privilegiam as transações, já que em função de sua baía oferecer águas profundas e abrigadas, minimiza-se o índice de fechamento da barra, e atrasos com atracações. Além disso, por oferecer uma baía extensa, permite acomodar entradas e saídas simultâneas de navios, evitando tempo de espera.
Em relação à sua infraestrutura, existem planos de expansão física e operacional demandados pelo crescente número de operações. Hoje o Terminal possui dois berços de atracação com comprimento total de 800 metros, 43 metros de largura, e profundidade de 16 metros. Dispõe de oito gates operando 24 horas por dia, com duas pistas de entrada, duas pistas de saída, duas pistas reversíveis, e outras duas somente para movimentação de contêineres carregados. Seu scanner para verificação de cargas conteinerizadas é um dos mais modernos da América Latina.
Na área do pátio, com 250 mil metros quadrados, 2.000 são destinados à armazenagem seca e uma câmara fria para carga refrigerada, onde dispõe de mais de 2.000 tomadas reefers para cargas refrigeradas.
Com esta configuração, somadas à dinâmica de suas operações, Itapoá oferece um dos menores tempos médios de espera em Gates do continente.
Atuando há treze anos, a Portonave (porto da cidade de Navegantes), foi o primeiro terminal privado de contêineres do país. Hoje atua principalmente com o escoamento da produção vinda do sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, além de países da América do Sul e recebimento de cargas ao redor do mundo.
Com área total de 400 mil metros quadrados, onde cerca de 360 mil metros destinam-se a área alfandegada, é dividida em três berços de atracação em um cais linear de 900 metros, com capacidade de armazenagem de 30 mil toneladas.
Em sua infraestrutura, a Portonave oferece como diferencial dois scanners, 2,1 mil tomadas reefers, Iceport (câmara frigorífica automatizada com capacidade para 16 mil pallets), além de 50 mil metros para armazenagem. Ademais, dispõe de aeroporto na mesma cidade e seus acessos são facilitados através das rodovias BR-101 e BR-470.
Localizado em um dos principais entroncamentos rodoviários do Sul do Brasil, a poucos quilômetros das rodovias BR 101 e BR 407, sua posição geográfica o coloca no centro da Região Sul, o qual abrange 46% do PIB nacional.
Iniciando suas atividades ainda no século XIX, com o ingresso de colonizadores estrangeiros, e também com o comércio fluvial da região, o comércio informal praticado no porto de Itajaí evoluiu para o comércio internacional, através de operações de importação e exportação.
Tradicionalmente operador de cargas gerais, Itajaí vem crescendo de forma surpreendente em suas operações nos últimos anos, e tem movimentado em sua maioria: madeira e seus derivados, frangos congelados (porto com maior número de exportações no Brasil), cerâmicos, papel kraft, máquinas e acessórios, tabacos, veículos, têxteis, açúcar e carne congelada. Sua movimentação de contêineres é a segunda do ranking nacional, logo após o Porto de Santos.
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Situado no centro-sul do litoral de Santa Catarina, a 90 quilômetros de Florianópolis, é possível acessar o Porto de Imbituba, por vias rodoviárias, através de dois meios: um ao norte e outro ao sul, mediante a BR-101, que possibilita deslocamento acessível a regiões do Brasil e demais países do Mercosul. Com 229 quilômetros de linhas ferroviárias à sua disposição, o Porto de Imbituba é interligado aos municípios de Tubarão, Siderópolis e Criciúma.
Presente em uma enseada aberta ao mar, a 286 milhas marítimas do Porto de Santos e 322 milhas marítimas do Porto de Rio Grande. Seu acesso marítimo permite a navegação de navios de grande porte, e, graças ao tamanho de sua retaguarda, permite também crescimento.
Nas operações de Imbituba, destacam-se importações de fertilizantes, coque, milho, sal e barrilha, enquanto que nas exportações, são os congelados, o açúcar e contêineres.
Localizado ao sul de Santa Catarina, a 110 quilômetros de Florianópolis, a 8 quilômetros da da BR-101 e a cerca de cinquenta quilômetros do aeroporto da cidade de Jaguaruna, o Porto de Laguna conta com um área de 270.000 metros quadrados, onde 40.000 metros são utilizados para atividades relacionadas ao terminal pesqueiro, e é movimentado o pescado e gelos produzidos em fábrica própria, com planos de promover movimentação do Porto conforme declaração da Secretaria Nacional da Pesca.
Responsável por mais de 50% das movimentações do estado, São Francisco do Sul é o principal porto graneleiro. Sua infraestrutura dispõe de cais acostável com 780 metros de comprimento e 43 pés de profundidade máxima. Dentro do seu complexo portuário, no Terminal Babitonga, de iniciativa privada, é oferecido cais acostável de 225 metros de comprimento com um calado máximo de 11 metros.
Seu sistema de sinalização eletrônica possui padrão internacional, enquanto que, seu sistema de bóias e torre funciona com energia solar, garantindo autonomia por até 30 dias.
O acesso ao Porto de São Francisco do Sul acontece através da BR 280, em um percurso pavimentado de 40 quilômetros. Graças às estradas de ferro 485, que o ligam à cidade de Mafra, é possível também que composições ferroviárias entram e saiam do porto.
Em suas proximidades, ficam os aeroportos de Joinville (a 60 quilômetros), e o de Navegantes (a 100 quilômetros), onde suas linhas aéreas domésticas interligam-se com os principais centros nacionais e internacionais. A 8 quilômetros, há ainda o Aeródromo de São Francisco do Sul, que permite o uso de pequenas aeronaves particulares em sua pista.
Estrutura Aeroportuária
Em relação à estrutura aeroportuária, Santa Catarina conta com dois aeroportos internacionais (Florianópolis e Navegantes) e outros onze aeroportos regionais. A seguir apresentamos com detalhes a estrutura dos principais aeroportos, Florianópolis e Navegantes:
Hoje privatizado, e administrado pela Floripa Airport, do grupo Zurich Airport, o aeroporto de Florianópolis conta com um novo e moderno terminal de passageiros e cargas, construído no Sul da ilha. Além da ampliação de estrutura realizada, o terminal de cargas passou a abrigar toda a inspetoria da Receita Federal, facilitando e agilizando o processo de liberação de produtos importados bem como outras medidas aplicadas para otimização dos trâmites aduaneiros.
Já no primeiro trimestre de 2021, o aeroporto de Florianópolis registrou uma redução de 5% no tempo de armazenagem de suas cargas, e uma média de 64% de cargas liberadas em até 24 horas, afora um recorde histórico de 105% de crescimento no valor CIF (Cost, Insurance and Freight) das mercadorias.
O Ministro Victor Konder, aeroporto da cidade de Navegantes, ocupa um papel crucial no desenvolvimento da região catarinense do Vale do Itajaí e do litoral norte do estado.
Com o início de suas atividades em 1970, e operado e administrado pela Infraero, desde 1980, em maio deste ano finalizou suas obras de reformas, voltadas para a ampliação e modernização, onde foram investidos R$ 61,7 milhões com recursos originados do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac).
De acordo com Ronei Glanzmann, secretário Nacional da Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, com os investimentos na infraestrutura, é esperado o desenvolvimento econômico para a região.
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