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Como funciona a importação dentro dos portos marítimos

 

Se você já foi a um porto ou pelo menos passou na frente de um, já deve ter se perguntado do porquê há navios imensos, muitos caminhões e uma vasta quantidade de contêineres espalhados pelo pátio portuário. Por isso, para tentar solucionar essa curiosidade, vamos explicar como funciona a importação dentro dos portos marítimos.

 

Atualmente, o transporte marítimo é o meio principal pelo qual as mercadorias entram no território brasileiro para então receber a sua destinação comercial.

 

Todas as etapas da importação seguem uma logística portuária, com processos cada vez mais automatizados, reduzindo a utilização de mão-de-obra humana e otimizando tempo das empresas e dos trabalhadores dos portos.

 

Além disso, as tecnologias utilizadas nos portos têm gerado a diminuição do congestionamento de navios, redução de erros operacionais e de custos a longo prazo, conferindo maior segurança ao processo, com a realização das atividades em menos tempo.

 

Nesse post, vamos te explicar o passo a passo do processo interno e operacional da importação em um porto marítimo, desde a chegada do navio até a sua saída após o descarregamento das mercadorias. Acompanhe a “rota do contêiner” desde a atracação do navio até o desembarque das mercadorias no território brasileiro.

 

Etapa 1: Planejamento do navio

 

Todos os navios cumprem um plano de operações e uma escala de planejamento, que pode ser semanal ou quinzenal. Essa escala define a rota dos portos onde cada navio passará.

 

Ou seja, em um determinado dia da semana ou quinzena, o navio terá um local para atracar. Esse plano operacional é necessário para evitar congestionamento e para facilitar a organização de chegada e saída dos navios.

 

Etapa 2: Autorização para o navio atracar

 

A embarcação necessita de uma autorização para atracar. Após a liberação, a embarcação é ordenada com as outras para seguir a ordem de atracação.

 

Quem estabelece o local onde o navio será atracado é o planejador de navio (ou ship planner). Esse profissional tem conhecimento técnico sobre as embarcações e também estuda, cuida e analisa o processo de movimentação das cargas, bem como sabe os locais geográficos estratégicos de carga e descarga das mercadorias dos contêineres.

 

Etapa 3: Atracação/estacionamento no porto

 

Essa é a etapa em que o navio encosta no cais. Aqui, é preciso o auxílio de rebocadores para posicionar o navio e de profissionais que trabalham no porto – chamados de práticos.

 

Os práticos, práticos de navios ou práticos de portos, são profissionais que orientam as manobras que serão realizadas pelo navio, além de trabalharem diretamente com as tripulações das embarcações no trânsito das zonas de praticagem, que são os locais entre o porto e a água onde são realizadas as manobras de atracação e desatracação dos navios.

 

Etapa 4: Descarga de mercadorias

 

Após a realização da atracação do navio, começa a etapa de descarregamento das mercadorias. Importante lembrar que, nessa etapa, é totalmente proibido subir a bordo quem não está diretamente ligado à operação.

 

Para esse processo, o porto utiliza portêineres ou portainers (Ship To Shore, STS ou container crane), que são guindastes que irão içar os contêineres, retirá-los de dentro do navio e transportá-los para o veículo que movimentará os contêineres em terra dentro do porto.

 

Esse deve ser um trabalho ágil para reduzir o tempo em que o navio permanecerá atracado, evitando o atraso e congestionamento de outros navios. Ainda, devem ser observadas à risca todas as regras de segurança dos operadores e dos equipamentos.

 

Os portêineres geralmente demoram cerca de um minuto para movimentar cada contêiner, a depender da posição em que se ele encontra dentro do navio. Terminado o descarregamento, o navio está liberado para seguir viagem e ir até o próximo porto de destino.

 

Etapa 5: Armazenamento dos contêineres no pátio portuário

 

Nessa fase, os contêineres são realocados e acomodados em um local determinado no porto. Esse processo é realizado por um veículo portuário ou terminal tractor (TT), que é uma carreta responsável por efetuar o deslocamento das cargas entre o cais e o pátio portuário.

 

No momento em que o TT recebe o contêiner, ele é colocado no local previamente definido pela equipe de planejamento do porto.

 

Aqui, é possível que um órgão público (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa ou Receita Federal) solicite a inspeção de um ou vários contêineres. Caso isso ocorra, o contêiner deve ser levado a uma área específica onde será realizada a inspeção.

 

Etapa 6: Remoção dos contêineres no transporte terrestre

 

Após a inspeção, é realizada uma análise da documentação necessária para que a carga possa sair de dentro do porto.

 

Finalizado esse trâmite, o porto entrega o contêiner para o caminhão que será responsável pelo transporte terrestre da carga até o local de destino.

 

Finalização do processo de importação

 

Por fim, o processo termina com a entrega do contêiner vazio, limpo e sem avarias, em terminal indicado pelo armador – profissional responsável pela operação dos navios.

 

Caso o contêiner esteja danificado ou sujo, será cobrada uma multa referente às avarias constatadas. 

 

Após a devolução do contêiner, a transportadora recebe uma Minuta de Devolução, que é o documento que confirma o término da movimentação do contêiner.

 

Esse é o resumo do processo interno que ocorre dentro dos portos marítimos. A Komport é especialista em comércio exterior e pode te ajudar em todas as etapas do processo de importação. Fale conosco!

 

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